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Como conseguir executar aquilo que você planejou? Posso afirmar quase com toda a certeza do mundo que você já foi vítima da relação Planejamento x Execução.
Como resultado você deve ter colecionado alguma insatisfação consigo mesmo, uma certa frustração por deixar algo inacabado e, talvez, até um pouco de estresse em função disso.
Além disso, quando este tipo de situação se torna frequente, pode gerar uma série de inconvenientes graves que podem prejudicar sua vida pessoal e profissional.
De acordo com Paulo Vieira, autor do livro “O poder da ação” é possível mudar isso. Segundo o autor você deve trabalhar para obter um desempenho constante e crescente na realização das suas atividades diárias.
E, com isso, atingir os resultados que espera.
Aqui apresento os principais tópicos e ideia do livro.
1. O PODER DA AÇÃO.
Conforme o autor, existe um vencedor dentro de cada um de nós. Por mais que você ache isso uma conversa-de-coaching-que-todo-mundo-diz, esta crença é fundamental!
Mas, por quê?
Acima de tudo porque, SE VOCÊ NÃO ACREDITAR QUE PODE, quem irá acreditar?
Então, se você não acreditar QUE DEVE PLANEJAR e QUE PODE EXECUTAR o que planejou, para que perder tempo com esse assunto? Declare a derrota e vá para o sofá ver TV!
O autor divide as suas ideias ao longo de sete capítulos onde fundamenta seus argumentos em pesquisas e apresenta exercícios práticos e imagens. Por isso, o livro é fácil de ler.
Logo, recomendo a leitura e a realização das atividades lá propostas. Mas, quais são as principais ideias expostas ao longo destes capítulos?
- Acorde e viva o seu dia de hoje porque HOJE É O SEU MELHOR DIA!
- Assuma a responsabilidade porque você é o único responsável por aquilo que acontece na sua vida.
- É uma questão de poder: tem poder quem age e mais poder ainda quem age certo.
- Trabalhar mais não significa conquistar mais ou obter resultados melhores.
- Pense no seu cérebro como um músculo: ele se acostuma com aquilo que você dá a ele.
Então, vamos ver então quais são as 7 ideias principais do livro em seus capítulos?
Primeiro princípio: Acorde.
Pare e pense em duas coisas:
1. Onde está a sua vida atualmente?
As respostas para esta pergunta demandam que você aja com honestidade e faça uma autoanálise sincera. Não culpe os outros ou situações incontroláveis pela sua situação atual.
Do mesmo modo, não se vanglorie e nem infle seu ego pelas conquistas.
Faça uma lista das suas conquistas e derrotas. Relacione também tudo o que precisou investir e aquilo que precisou abrir mão para chegar aonde está.
Não arrume desculpas e nem justificativas para seus fracassos. Porém, use esta autoanálise para refletir sobre os motivos do fracasso e tirar lições sobre eles. Aprenda com seus erros.
Então, depois disso feito, vamos olhar para o futuro: quais são os pontos de melhoria e de evolução?
Relacione o que você precisa fazer de diferente para sair da situação atual, se ela não lhe agrada, e para chegar a um ponto futuro que lhe dê mais satisfação.
Um exemplo clássico: o sobrepeso é um mal que afeta fisicamente e psicologicamente muitas pessoas mundo afora. Alguns minutos de exercício e um pouco de boca fechada resolveriam este problema.
Então por que não começar hoje e identificar o motivo de não conseguir fazer isso? É fácil de elaborar os motivos e o que precisa ser feito.
Mais complicado, mas viável, é traçar um plano simples, como 10 minutos de exercício na frente da tv todos os dias. E um pouco mais complicado é manter a disciplina na execução. Mas é sobre isso que o livro fala: execução.
Segundo princípio: Aja.
Depois que você fez uma autoanálise honesta e identificou os motivos pelos quais não consegue executar o que planejou, chegou o momento de dar uma chacoalhada e sair da sua zona de conforto.
No livro o autor faz uma série de provocações, através de perguntas e de pequenas histórias. Estas provocações têm um objetivo bem claro:
- PROVOCAR O LEITOR PARA A MUDANÇA.
O leitor aponta ainda que não adianta sair jogando para todos os lados. Você precisa priorizar aquilo que deseja melhorar e colocar foco nisso. Step by step.
Imagine que você está passando de carro pela rua e vê duas pessoas no seu exercício diário. E acha que uma corridinha diária lhe faria muito bem.
Então, dentro daquilo que você já conhece sobre objetivos, metas e planos, você traça uma meta: correr uma meia-maratona que irá acontecer dentro de 6 meses.
Logo, você começa a correr com este objetivo em mente. Porém seu preparo físico está muito pior do que você imaginava. Por isso você visualiza seu objetivo cada vez mais distante.
Por outro lado, se você estipulasse como objetivo correr por 5 minutos e caminhar por mais 30 durante a primeira semana; correr por 8 minutos e caminhar por mais 35 na segunda semana; correr por 10 minutos e caminhar por mais 40 na terceira semana e, assim sucessivamente, seus resultados seriam mais facilmente alcançáveis.
E você vai gostar, seu cérebro vai festejar, cada conquista diária e semanal. E a motivação aumenta.
Terceiro princípio: Auto Responsabilize-se.
De acordo com o autor, você é responsável pela vida que leva. Ou seja, é responsável pelas suas decisões, ações, comportamentos e palavras, independente se as coisas têm dado certo ou não.
Por isso, assuma de fato a responsabilidade sobre aquilo que faz e que deixa de fazer.
Assim sendo, a responsabilidade por qualquer mudança na sua vida é SUA!
Caso você tenha alguma insatisfação em relação a algum ponto da sua vida, volte ao Princípio 1 e faça a autoavaliação sob o ponto de vista: a responsabilidade é somente minha e o que eu poderia ou posso fazer de diferente para resolver isso?
Porém, você não deve se culpar, pois a culpa leva ao arrependimento e às reclamações. Assuma a responsabilidade e mude.
Muitas vezes é difícil encarar algum erro ou fracasso. Mas fazer isto é um caminho para o crescimento.
Para lhe ajudar nisso o autor cita algumas frases, ou mantras, que você pode repetir a todo o momento:
SE FOR
… criticar as pessoas… cale-se;
… reclamar das circunstâncias… dê sugestões;
… buscar culpados… busque a solução;
… se fazer de vítima… faça-se de vencedor;
… justificar seus erros… aprenda com eles;
… julgar alguém… julgue a atitude dessa pessoa.
Quarto princípio: Foque.
Cada vez mais este assunto surge quando falamos de qualidade de vida e de gestão de expectativas.
Ou seja, você tem uma expectativa que pode ser um sonho, um objetivo ou a execução de algum plano. E você tem a realidade, que geralmente é representada como um resultado.
Porém, no meio do caminho, você tem tudo aquilo que fez e que não fez para transformar sua expectativa em realidade, seu plano em ação.
Para que isso aconteça da forma como você espera, você precisa ter FOCO naquilo que interessa.
Foque na execução daquilo que vai lhe trazer RESULTADOS.
Quinto princípio: Comunique-se.
Sabe aquela frase que diz que você é a média das 5 pessoas com quem convive?
Pois é o autor apresenta uma parecida: a sua vida é igual a média das palavras ditas por você. Porém, eu não ficaria apenas com as palavras. É muito mais do que isso!
A sua comunicação não verbal, da qual a sua linguagem corporal faz parte, diz muito sobre você e sobre o que você pensa e sente.
Seus gestos, posturas, microexpressões faciais consciente ou inconscientemente tornam você transparente. Se alguém conseguir ler esta linguagem, irá perceber o que você quer dizer quando não expressa nenhuma palavra.
Se você conseguir ler isso nas pessoas, vai conseguir ter um caminho aberto e pavimentado para um bom processo de comunicação.
Sexto princípio: Questione.
De acordo com o autor, os questionamentos são importantes e tem grande poder, afinal são ilimitados e atemporais.
Mas não adianta apenas fazer questionamentos, é preciso fazer perguntas bem-feitas, com qualidade e de forma correta.
Essas perguntas são capazes de avançar para o próximo nível de realização, rumo aos seus objetivos. Seja por meio de ajustes e correções de ações.
Sétimo princípio: Acredite.
No livro, o autor trata a crença como aquilo que determina os seus resultados e o seu estilo de vida. É como se fosse uma programação mental dos comportamentos diante os estímulos recebidos.
Muito trabalhado pelos coaches, a crença no positivo e naquelas coisas que lhe fazem crescer e se desenvolver, estão muito alinhadas com a EXECUÇÃO:
Você acredita naquilo que está a fazer porque acredita aonde quer chegar. Você acredita em si e acredita nas suas crenças.
O principal objetivo aqui é trabalhar no sentido de programar a sua mente para que você creia em coisas que deseja e que lhe façam crescer.
E, assim, desenvolver novas conexões e mudar comportamentos.
OUTROS LIVROS QUE TRATAM SOBRE O ASSUNTO
No livro “Desperte seu Gigante Interior”, o autor Tony Robbins explica que para promover uma mudança duradoura na sua vida, é preciso primeiramente mudar suas crenças. Uma boa forma de facilitar esse processo é ter um modelo para se espelhar, e adaptar as diretrizes à sua realidade.
Em “Essencialismo: A disciplinada busca por menos”, o autor Greg Mckeown diz que o multifoco é um problema pois nós não conseguimos concentrar em duas coisas ao mesmo tempo, ao tentar fazer isso apenas nos enganamos e diminuímos nossa produtividade.
Para Daniel Goleman, autor do livro “Foco”, o quão bem você presta atenção afeta todos os aspectos da sua vida. As habilidades eficazes de foco aprimoram os processos mentais, incluindo a compreensão, o aprendizado, a criatividade e a leitura dos sinais de outras pessoas.
CONCLUSÃO
É claro que este não é o único livro que fala sobre Gestão do Tempo e, principalmente, da Gestão das nossas atividades diárias, ou das rotinas.
Porém, acredito que seja um livro valioso, acima de tudo pela forma como os assuntos são apresentados.
Além disso, o autor toma um cuidado especial com a prática daquilo que apresenta.
Em outras palavras, ele lhe aponta claramente O QUE você deve fazer para EXECUTAR aquilo que PLANEJOU e para TIRAR OS SEUS PLANOS DO PAPEL.
OBSERVAÇÕES:
Saiba mais em nossas outras publicações PHDonassolo Consultoria e nas publicações sobre o mercado de trabalho para quem tem mais de 40 50 ou mais anos de idade. São conteúdos para quem está nestes grupos ou para quem tem interesse nestes grupos.
Este texto foi escrito em português do Brasil. As palavras entre aspas são usadas para descrever figuras de linguagem ou termos que podem ser considerados polêmicos por alguns indivíduos. Eles não representam nenhum preconceito ou posição sociopolítico, filosófico, religioso, econômico ou ideológico. Ref.: SCI_018